terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sobre o Estatuto dos Açores

Não entendo este braço de ferro institucional que se instalou na “terra mãe” no qual os AÇORES, e escrevo em letra maiúscula para realçar a grandeza deste povo destas ilhas que, à custa de muitas dificuldades sempre sobreviveu e sobreviverá sem se deixar abater.
Segundo o nosso Presidente da República os ideais democráticos sobre os quais nos regemos foram destruídos desde que a proposta para alteração ao estatuto da Região Autónoma dos Açores foi aprovado em Assembleia da República. Segundo este, com o novo estatuto, as suas funções ficam em risco pois para que o parlamento Açoriano possa ser, em caso de extrema necessidade distituído, para além das vozes que tomam partido nessa decisão terá também o Governo Regional que dar o seu parecer na matéria. Posso dizer que sou leigo na matéria em questões de legislação mas, como qualquer bom cidadão posso deduzir e até mesmo questionar se esta questão não terá sido colocada em praça pública por forma a que, quem detém o poder possa esconder acções legislativas com cariz urgente que visam proteger os grandes grupos económicos que, “governam o país”.
Ainda recentemente foram alteradas leis que visam apoiar financeiramente grandes grupos económicos que gerem, ou pelo menos deviam saber gerir as nossas economias mas, que em vez disso, vieram apenas piorar a situação económica do país. A estes grupos “a vida é facilitada” enquanto que ao cidadão comum, e neste caso concretamente, ao AÇORIANO que é muitas vezes privado do bem estar devido à sua condição geográfica, é dificultada a vida para se poder melhor governar. Ao fim ao cabo se pararmos para pensar sobre a questão, o que aqui está em causa é “ dar um pouco mais de trabalho” ao Presidente da República em ouvir um órgão governamental de extrema importância como o Governo Regional que, este sim, zela pelos nossos interesses quando a isso é chamado.
Diz o Presidente que a democracia foi gravemente ferida com a criação desta lei mas pergunto-me se não é também ferida a lei quando são dados apoios a estes grupos que pouco fazem senão “esbanjar” o nosso dinheiro e depois virem bater à porta do governo a pedir ajuda, sempre com apoio da lei do sigilo bancário que nada mais faz que não seja encobrir uma má gestão por parte destes grupos económicos.

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